Débora Santos, mamãe de 3:
“O parto do Malcom foi domiciliar, bem diferente dos outros dois. Foi natural, totalmente natural, sem analgesia, sem médico. Foi com parteiras, duas parteiras. Eu estava falando que é um parto mais caro, então não deveria ser, mas acaba sendo porque não é o tradicional.”
“Vivemos em uma medicina muito biomédica, voltada para o hospital e a medicalização. Falo sobre isso porque é meu trabalho. Mas foi bacana ter a oportunidade de ter o parto em casa, domiciliar. Foi uma experiência maravilhosa para mim e para minha família, pois estavam todos aqui. Foi intenso, visceral. O parto representa a vida, então tem de tudo. É natural, com muito amor, paixão, raiva e dor. Assim como a vida.”
“O parto do Malcolm aconteceu no meu quarto. Minhas filhas estavam presentes durante todo o processo. Somente no final, quando ele nasceu, eu estava mais só com o Fernando, meu parceiro, que me apoiou o tempo todo. Ele se descobriu como pai naquele momento, nascendo como pai. Foi uma experiência que vai ficar na memória, não só minha como mãe, mas de toda a família.”
“O diferente para mim no parto natural em casa é a possibilidade de viver o nascimento como um evento natural da vida, onde toda a família participa. Não é apenas um evento da mulher, é um evento de toda a família. Foi muito especial.”
Texto extraído e adaptado da conversa com Débora Santos para o Ninho das Mães.